sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Totó democrático

Imagens Corriere della Sera

Quando eu era criança adorava jogar totó com meus primos, apesar de ser fraquíssima e perder todas as partidas. Foi pura diversão quando descobri o totó, mas não achava graça nenhuma quando nas pescarias da festa junina da escola, acabava ganhando aquele sem graça jogo de botão com os brasões Atlético/Cruzeiro ou Flamengo/Botafogo.
Gostava mesmo era dos estojinhos de maquiagem. Quando meus pais saíam e minha avó ficava em casa cuidando da gente, eu aproveitava a sua falta de autoridade pra me pintar todinha. Me lembro ainda hoje da cara dela de desespero tentando me limpar antes que minha mãe chegasse.
Enfim, nos jogos de criança, pelo menos na minha época, tinha aquela coisa de menina brincar de boneca, menino brincar de bola. O contrário era totalmente estranho a tal ponto de fazer a gente se sentir em culpa por gostar de jogos de meninos. Adultos estúpidos...
Ainda bem que hoje as coisas estão mais democráticas. Se o mundo do futebol era (e ainda é) visto como um universo predominantemente masculino, por que não dar um toque feminino na coisa?
Foi o que fez a designer francesa Chloe Ruchon ao desenvolver uma mesa de totó feita com vinte e duas Barbies loiras, morenas e ruivas, vestidas em look esportivo. O brinquedo foi realizado em parceria com a Mattel e a BabyFoot Bonzini, tradicional empresa francesa que fabrica mesas de totó. Em série limitada, o "BarbieFoot" custa 10 mil euros. Só o preço não é democrático.