Imagem Google
Há algum tempo, li em uma revista que os dias dos ruivos estavam contados. Destinados a breve extinção,os indivíduos de cabelos vermelhos vinham representados, na reportagem, pelo príncipe Harry. Como nossa tendência é dizer amém para as pesquisas científicas Oxfordianas, Harvardianas, Cambridgeianas ou National Geographicanas que escutamos por aí, acreditei na teoria.
Curiosamente, desde que li a tal reportagem, percebi que não via mais ruivos por aí. Parece que nesse período coloquei um óculos antirruivos na cara e passei a ver cabelos vermelhos somente nas caixinhas de tinta da L'Oreal e da Garnier. Não que tenha algo contra os ruivos, muito pelo contrário. A pele alva, as sardas e o cabelo cor de fogo, para mim, representam um diferencial interessante.
Eu temia pelos ruivos, imaginava que gradativamente eles desapareceriam. Que os que hoje estão vivos morreriam e que uma nova geração não teria condições de se desenvolver. Que no futuro,lá na frente, as pessoas veriam os ruivos nos livros assim como hoje vemos o homem de neandertal, as múmias e o homem macaco.
Eis que de uns tempos pra cá,os ruivos começaram a aparecer para mim com frequência. Os filhos da vizinha, um cara que eu vi no cinema, uma moça que vi no cursinho. E nos dias que se seguiram, vi ruivos no supermercado, na rua, no parque, na televisão.
Descobri que a tal teoria de que os genes recessivos que doavam o tom vermelho aos cabelos sumiriam não passava de mais um alarmante exagero. Descobri, ainda, que os ruivos estão mais fortes do que nunca. Criaram movimentos, blogs (veja os links abaixo),discussões e até peça de teatro.
Mas a minha descoberta maior foi ver como nós, seres humanos, introjetamos e absorvemos informações e conceitos que passam a ser verdade absoluta. Os ruivos sempre estiveram ali no supermercado, no cinema, nas escolas, nas ruas, nos parques e na televisão. Era eu que não conseguia enxergá-los.
www.osruivos.blogspot.com
www.ruivosmania.blogspot.com
sábado, 27 de março de 2010
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