Imagens Correio Braziliense
Notícia triste do dia: Igrejinha sofre vandalismo e irá abrir somente nos horários de missa.
A igrejinha aqui de Brasília da qual eu falei alguns posts atrás sofre com o vandalismo. Rabiscaram a imagem da Nossa Senhora com caneta esferográfica e carvão... Será que Deus perdoa ignorância?
quarta-feira, 22 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
A Síndrome de Firenze
Me surpreendi com este vídeo fantástico hoje, enquanto almoçava em um restaurante perto de casa. É a única hora do dia em que vejo TV.
Antes mesmo que aparecesse o letreiro no final do filme eu já sabia do que se tratava, a maravilha do Inhotim.
Excelente trabalho da agência Filadélfia, produção mineira de encher a gente de orgulho. O filme foi inspirado na Síndrome de Sthendal, um fenômeno descrito pelo escritor francês Sthendal como uma série de sintomas como falta de ar, palpitação, taquicardia, vertigem e desmaios em pessoas que visitaram a Galleria degli Uffizi, em Firenze.
A Síndrome de Sthendal é conhecida também como Síndrome de Firenze. Em 1817, de passagem pela cidade, Sthendal foi completamente absorvido pelos sintomas descritos ao visitar os locais que abrigam obras de arte.
"Havia atingido aquele nível de emoção onde se encontram as sensações celestes das artes e dos sentimentos apaixonados. Saindo da Santa Croce o coração bateu forte, caminhava temendo cair"
Em 1979, a psiquiatra Graziella Magherini analisou mais de 100 casos em turistas que visitaram Firenze. Entre os afetados, indivíduos de formação clássica, europeus e japoneses sensíveis à arte.
E pesquisando sobre o vídeo do Inhotim, descobri que sofri e ainda sofro a tal da Síndrome de Firenze. É realmente difícil explicar o encanto, a admiração, a atmosfera envolvente e perturbadora que Firenze causa na gente. Ali, eu não deixei somente parte da minha história, em Firenze, deixei também parte do meu coração.
E se um escritor francês descobriu que Firenze pode ser doentia, eu posso dizer que ela me deu muito mais que paixão, ela me ensinou a amar.
Firenze, vista por mim
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Cheios de estilo
Imagem Iara Vitral
Num mundo de regras, ditames e imposições de tendências, eles querem ser diferentes. Não para chocar, ser rebeldes ou outro motivo semelhante, mas simplesmente para desafiar o convencional e buscar a beleza nas coisas não óbvias. Vitrines, revistas, catálogos e novelas passam longe de serem fontes de inspiração para essas pessoas. O foco do olhar está nas ruas, no design, na arquitetura, na literatura e nas artes. Na verdade, o papel social da moda é expressar valores, e essa turma, considerada por muitos alternativa e fora do comum, leva tudo isso muito ao pé da letra.
“Amo a moda, mas acho importante trabalhar a evolução do pensamento e não condicioná-la somente a estilo e status”, filosofa Uiara Andrade, assistente de estilo da grife Tereza Santos. Com experiência sólida no setor, Uiara, que aos 18 anos começou sua trajetória como modelo, tem uma visão muito particular da moda. Para ela, estética e comportamento devem andar juntos. “Sempre procurei desmitificar regras, o que engorda, o que cai bem, o que não cai. Meu olhar procura trabalhar com o que falta e com o que pode ser feito”, explica.
Para continuar lendo esta matéria que fiz para a Revista Encontro, clique aqui
Num mundo de regras, ditames e imposições de tendências, eles querem ser diferentes. Não para chocar, ser rebeldes ou outro motivo semelhante, mas simplesmente para desafiar o convencional e buscar a beleza nas coisas não óbvias. Vitrines, revistas, catálogos e novelas passam longe de serem fontes de inspiração para essas pessoas. O foco do olhar está nas ruas, no design, na arquitetura, na literatura e nas artes. Na verdade, o papel social da moda é expressar valores, e essa turma, considerada por muitos alternativa e fora do comum, leva tudo isso muito ao pé da letra.
“Amo a moda, mas acho importante trabalhar a evolução do pensamento e não condicioná-la somente a estilo e status”, filosofa Uiara Andrade, assistente de estilo da grife Tereza Santos. Com experiência sólida no setor, Uiara, que aos 18 anos começou sua trajetória como modelo, tem uma visão muito particular da moda. Para ela, estética e comportamento devem andar juntos. “Sempre procurei desmitificar regras, o que engorda, o que cai bem, o que não cai. Meu olhar procura trabalhar com o que falta e com o que pode ser feito”, explica.
Para continuar lendo esta matéria que fiz para a Revista Encontro, clique aqui
segunda-feira, 6 de julho de 2009
A Igrejinha de Brasília
Imagens do Blog da Conceição Freitas, do Correio Braziliense
A Nossa Senhora de Fátima de Brasília não precisa de olho, nem boca, nem nariz. É bonita e expressiva mesmo sem expressão. Ora, que coisa mais estranha todas as Nossas Senhoras do mundo terem rostinho bem feito, olhar piedoso e nariz perfeitinho. Afinal, Nossa Senhora é sagrada, ué, é como um ser de outra dimensão, por que então ela tem que ser igual à gente, com olho, boca e nariz?
Se as crianças são as preferidas ao lado de Deus, que problema tem pintar um céu azul dentro da igrejinha, com pipas e carretéis coloridos?
"Ah, mas tá muito feia essa igreja, não tem nem a via sacra, era tão bonita antes da reforma", reclama a senhorinha da cabeça branca frequentadora das antigas. Enquanto isso,no lado de fora, a família posa para a foto depois do batizado de mais uma criança.
A igrejinha em forma de chapéu de freira só podia mesmo existir em Brasília, lugar onde as óbvias esquinas escondem surpresas a quem acha que tudo aqui é óbvio.
O artista lutou com pincéis contra a incompreensão de quem achava que a igreja também tinha que ser óbvia, padronizada. No lugar das cruzes, via sacras e lágrimas, ele pintou cores, alegria, beleza. E a igrejinha ganhou vida, com a Nossa Senhora, os pastores e um universo puro anil.
Alcançar o céu não é só sonho de beata, é luz, imaginação, é magia que torna possivel e legitima aquilo que chamamos de fé.
A Nossa Senhora de Fátima de Brasília não precisa de olho, nem boca, nem nariz. É bonita e expressiva mesmo sem expressão. Ora, que coisa mais estranha todas as Nossas Senhoras do mundo terem rostinho bem feito, olhar piedoso e nariz perfeitinho. Afinal, Nossa Senhora é sagrada, ué, é como um ser de outra dimensão, por que então ela tem que ser igual à gente, com olho, boca e nariz?
Se as crianças são as preferidas ao lado de Deus, que problema tem pintar um céu azul dentro da igrejinha, com pipas e carretéis coloridos?
"Ah, mas tá muito feia essa igreja, não tem nem a via sacra, era tão bonita antes da reforma", reclama a senhorinha da cabeça branca frequentadora das antigas. Enquanto isso,no lado de fora, a família posa para a foto depois do batizado de mais uma criança.
A igrejinha em forma de chapéu de freira só podia mesmo existir em Brasília, lugar onde as óbvias esquinas escondem surpresas a quem acha que tudo aqui é óbvio.
O artista lutou com pincéis contra a incompreensão de quem achava que a igreja também tinha que ser óbvia, padronizada. No lugar das cruzes, via sacras e lágrimas, ele pintou cores, alegria, beleza. E a igrejinha ganhou vida, com a Nossa Senhora, os pastores e um universo puro anil.
Alcançar o céu não é só sonho de beata, é luz, imaginação, é magia que torna possivel e legitima aquilo que chamamos de fé.
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