Foto by Beto
O que seria de mim se nao tivesse aberto as portas para ver o mundo? Certamente mais estavel,inegavelmente mais segura. Mas quantas maravilhosas sensacoes,momentos inexplicaveis em palavras nao teriam passado pelos meus olhos e tocado fundo no coracao. Sao essas as emocoes que nutrem a alma e intensificam nosso repertorio de experiencias. Pessoas,lugares,um odor que marca um momento,um gosto que permanece na memoria.
Ver o sol nascer emoldurado pela beleza monumental do Taj Mahal,foi uma das emocoes mais expressivas de todas as minhas viagens. O conjunto do Taj,seu jogo de cores e luzes uniram-se a atmosfera de paz e transformacao dentro de mim e fizeram com que meus olhos alcancassem a beleza da simetria e o triunfo da serenidade.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
Duas Indias
Foto by Beto
Parece lugar comum dizer que a India te golpeia todos os sentidos. A intensidade com que tudo acontece aqui nao pode ser explicada. A miseria, a multidao que se multiplica a cada esquina, o barulho incessante das buzinas, o cheiro de podre que se mistura ao das especiarias.
A India e tao inexplicavel quanto incoerente,inquietante. Passo uma parte do dia a sorrir para a gente simples, que me olha curiosa, para a beleza intrigante de uma cultura rica e forte. A outra parte, passo por um processo de devastacao dentro,que doi,incomoda, revira meus olhos,meu estomago,minha cabeca.
Penso no homem sem movimento nas pernas, que colocou um par de sapatos nas maos e se arrasta pelo chao imundo da estacao de trem.Lembro da menina que levanta a saia ate os joelhos e, com os pes descalcos, atravessa a poca d`agua suja. Penso no rosto desesperado do senhor que me estende um braco de ferro,pedindo um trocado pela janela do onibus. E melhor apagar as luzes e ir dormir. Amanha e dia de distribuir sorrisos e tentar entender um pouco mais do que eh a compaixao.
Foto by Isabela
Foto by Isabela
Foto by Isabela
Foto by Isabela
Parece lugar comum dizer que a India te golpeia todos os sentidos. A intensidade com que tudo acontece aqui nao pode ser explicada. A miseria, a multidao que se multiplica a cada esquina, o barulho incessante das buzinas, o cheiro de podre que se mistura ao das especiarias.
A India e tao inexplicavel quanto incoerente,inquietante. Passo uma parte do dia a sorrir para a gente simples, que me olha curiosa, para a beleza intrigante de uma cultura rica e forte. A outra parte, passo por um processo de devastacao dentro,que doi,incomoda, revira meus olhos,meu estomago,minha cabeca.
Penso no homem sem movimento nas pernas, que colocou um par de sapatos nas maos e se arrasta pelo chao imundo da estacao de trem.Lembro da menina que levanta a saia ate os joelhos e, com os pes descalcos, atravessa a poca d`agua suja. Penso no rosto desesperado do senhor que me estende um braco de ferro,pedindo um trocado pela janela do onibus. E melhor apagar as luzes e ir dormir. Amanha e dia de distribuir sorrisos e tentar entender um pouco mais do que eh a compaixao.
Foto by Isabela
Foto by Isabela
Foto by Isabela
Foto by Isabela
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
No Templo de Ouro
Fotos by Isabela
Quatro portas neste magnifico espaco permitem a entrada de cristaos,muculmanos,hinduitas e budistas.O Templo de Ouro,lugar mais sagrado para a religiao sique, eh um espetaculo que envolve tradicao e arquitetura esplendorosa,mas principalmente o principio de igualdade na qual se baseia esta doutrina.
Sabe aqueles indianos com turbante na cabeca e barba longa, que a gente ve passeando por Londres. ou dirgindo taxis em filmes e seriados que mostram New York?Eu nao sabia,mas eles fazem parte da religiao Sique. Para eles,Deus nao tem uma forma precisa.Nao praticam nenhuma adoracao e sao totalmente contra o sistema de castas,que divide a sociedade indiana entre miseraveis,pobres e ricos.A barba e o cabelo nao podem nunca ser cortados.Os que possuem a barba curta, na verdade, estao escondendo o resto dela com redinhas ou trancas que de alguma forma conseguem colocar em modo que ninguem veja seu comprimento real.
Conhecemos um pouco mais do siquismo,visitando este maravilhoso templo,na cidade de Amristad e guiados por um senhor sique que com muita simpatia e generosidade fez questao de nos mostrar a casa sagrada de sua religiao e explicar um pouco mais sobre o siquismo.Para entrar no templo,tivemos que tirar nossos sapatos e lavar nossos pes,alem de cobrir nossas cabecas.Estas sao as unicas regras.Num espelho d`agua,alguns homens e criancas se banham,como um ritual de purificacao.Durante todo o tempo,ininterruptamente,os versos do livro sagrado sao entoados por uma voz, seguida por instrumentos musicais.Isso acontece desde as 5 da manha,quando o livro eh aberto,ate as 9e30 da noite,quando ele finalmente eh fechado.
A cupula do templo eh totalmente coberta de ouro e a decoracao do interior em marmore e pietra dura,com esplendorosas pinturas e muito dourado.Mas impressionante mesmo, eh ver a devocao dos siques com a religiao.O senhor sique nosso amigo vai la todos os dias.Entra na longa fila para visitar o templo,algumas vezes se banha e bebe a agua da "piscina sagrada" e come no restaurante que serve diariamente,comida gratuita para todos os pelegrinos e turistas.
O que mais valeu desta experiencia foi reconhecer que atras do turbante e da barba longa destes homens,se esconde uma simpatia infinita,como jamais poderiamos imaginar.
Um homem se banha no espelho d`agua sagrado
A menininha sique tambem ganha um banho da mae.Olha como ela e fofinha
Os "siquinhos" mais jovens nao tem ainda tanta cabeleira pra esconder,por isso o turbante deles eh bem menor
Eu e nosso amigo sique,com a esposa
Beto e eu no Templo de Ouro
Quatro portas neste magnifico espaco permitem a entrada de cristaos,muculmanos,hinduitas e budistas.O Templo de Ouro,lugar mais sagrado para a religiao sique, eh um espetaculo que envolve tradicao e arquitetura esplendorosa,mas principalmente o principio de igualdade na qual se baseia esta doutrina.
Sabe aqueles indianos com turbante na cabeca e barba longa, que a gente ve passeando por Londres. ou dirgindo taxis em filmes e seriados que mostram New York?Eu nao sabia,mas eles fazem parte da religiao Sique. Para eles,Deus nao tem uma forma precisa.Nao praticam nenhuma adoracao e sao totalmente contra o sistema de castas,que divide a sociedade indiana entre miseraveis,pobres e ricos.A barba e o cabelo nao podem nunca ser cortados.Os que possuem a barba curta, na verdade, estao escondendo o resto dela com redinhas ou trancas que de alguma forma conseguem colocar em modo que ninguem veja seu comprimento real.
Conhecemos um pouco mais do siquismo,visitando este maravilhoso templo,na cidade de Amristad e guiados por um senhor sique que com muita simpatia e generosidade fez questao de nos mostrar a casa sagrada de sua religiao e explicar um pouco mais sobre o siquismo.Para entrar no templo,tivemos que tirar nossos sapatos e lavar nossos pes,alem de cobrir nossas cabecas.Estas sao as unicas regras.Num espelho d`agua,alguns homens e criancas se banham,como um ritual de purificacao.Durante todo o tempo,ininterruptamente,os versos do livro sagrado sao entoados por uma voz, seguida por instrumentos musicais.Isso acontece desde as 5 da manha,quando o livro eh aberto,ate as 9e30 da noite,quando ele finalmente eh fechado.
A cupula do templo eh totalmente coberta de ouro e a decoracao do interior em marmore e pietra dura,com esplendorosas pinturas e muito dourado.Mas impressionante mesmo, eh ver a devocao dos siques com a religiao.O senhor sique nosso amigo vai la todos os dias.Entra na longa fila para visitar o templo,algumas vezes se banha e bebe a agua da "piscina sagrada" e come no restaurante que serve diariamente,comida gratuita para todos os pelegrinos e turistas.
O que mais valeu desta experiencia foi reconhecer que atras do turbante e da barba longa destes homens,se esconde uma simpatia infinita,como jamais poderiamos imaginar.
Um homem se banha no espelho d`agua sagrado
A menininha sique tambem ganha um banho da mae.Olha como ela e fofinha
Os "siquinhos" mais jovens nao tem ainda tanta cabeleira pra esconder,por isso o turbante deles eh bem menor
Eu e nosso amigo sique,com a esposa
Beto e eu no Templo de Ouro
Lua de mel indiana
Fotos by Isabela
Casalzinho passeando por Rothard
E depois do matrimônio,vem sempre a lua de mel,é claro,Por incrível que pareça,fomos parar na cidade meta turística dos recém casados indianos.Uma espécie de estação de montanha com um centro comercial frenético e sujo e uma cidade alta magnificamente rodeada pelos himalaias.Resolvemos fazer um passeio na estação de esqui,o ponto mais alto,a 3800 metros.Uma viagem de 52 km e quatro horas de duração,em uma estrada cheia de zigue zagues e precipícios de gelar a alma.Nossos companheiros de viagem eram quatro casais em núpcias,que aproveitavam cada momento para se conhecerem melhor.O mais apaixonado era formado por uma menina de 25 e um mocinho de 26 anos que se 'conheceram' e noivaram após serem apresentados pelos pais e, dois meses depois, curtiam uma mega festa de cinco dias,cinco vestidos,muita música,flores e comida dada na boca, pela avó do noivo,como manda a tradição.Ele nos explicou que depois do casamento,ela passa a viver na casa dele e está sob sua responsabilidade.Ela deixa sua família e agora faz parte é da família dele.Tudo isso no giro de pouquíssimos meses.Assim que se casam,as mulheres indianas passam a usar o bindi,aquele adesivo colorido na testa.Em Manali,nossos colegas não conheceram somente a neve,onde arriscaram algumas manobras desajeitadas no esqui e fizeram fotos divertidas.Para eles,a viagem de núpcias significou muito,muito mais.
A recem casada ajuda o marido a escolher a roupa de esqui
Beto preparando para esquiar
Eu de bindi,fingindo que sou casada...e uma boa estrategia para espantar os engracadinhos
Casalzinho passeando por Rothard
E depois do matrimônio,vem sempre a lua de mel,é claro,Por incrível que pareça,fomos parar na cidade meta turística dos recém casados indianos.Uma espécie de estação de montanha com um centro comercial frenético e sujo e uma cidade alta magnificamente rodeada pelos himalaias.Resolvemos fazer um passeio na estação de esqui,o ponto mais alto,a 3800 metros.Uma viagem de 52 km e quatro horas de duração,em uma estrada cheia de zigue zagues e precipícios de gelar a alma.Nossos companheiros de viagem eram quatro casais em núpcias,que aproveitavam cada momento para se conhecerem melhor.O mais apaixonado era formado por uma menina de 25 e um mocinho de 26 anos que se 'conheceram' e noivaram após serem apresentados pelos pais e, dois meses depois, curtiam uma mega festa de cinco dias,cinco vestidos,muita música,flores e comida dada na boca, pela avó do noivo,como manda a tradição.Ele nos explicou que depois do casamento,ela passa a viver na casa dele e está sob sua responsabilidade.Ela deixa sua família e agora faz parte é da família dele.Tudo isso no giro de pouquíssimos meses.Assim que se casam,as mulheres indianas passam a usar o bindi,aquele adesivo colorido na testa.Em Manali,nossos colegas não conheceram somente a neve,onde arriscaram algumas manobras desajeitadas no esqui e fizeram fotos divertidas.Para eles,a viagem de núpcias significou muito,muito mais.
A recem casada ajuda o marido a escolher a roupa de esqui
Beto preparando para esquiar
Eu de bindi,fingindo que sou casada...e uma boa estrategia para espantar os engracadinhos
De onibus pela India
Fotos by Beto
Mover-se pela India de onibus e uma verdadeira aventura.Nos ultimos dias, fiz viagens que pareciam odisseias,em veiculos mais velhos que nossos coletivos brasileiros. Aqui,130 km sao percorridos em 7 horas em estradas estreitissimas e cheias de curvas. As rodoviarias,entupidas de gente,mercados de comidas,frutas e ambulantes sao uma atracao a parte.De lanche,umas goiabas cortadas e salgadas com pimenta,devidamente acomodadas em saquinhos feitos de jornal...e tem gente que fala que eu sou fresca...e mole??
As vendinhas de rodoviaria
Companheiro de viagem
Mover-se pela India de onibus e uma verdadeira aventura.Nos ultimos dias, fiz viagens que pareciam odisseias,em veiculos mais velhos que nossos coletivos brasileiros. Aqui,130 km sao percorridos em 7 horas em estradas estreitissimas e cheias de curvas. As rodoviarias,entupidas de gente,mercados de comidas,frutas e ambulantes sao uma atracao a parte.De lanche,umas goiabas cortadas e salgadas com pimenta,devidamente acomodadas em saquinhos feitos de jornal...e tem gente que fala que eu sou fresca...e mole??
As vendinhas de rodoviaria
Companheiro de viagem
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Casamento Indiano
Foto by Beto
Aproveitei o momento de descanso da noiva para me congratular e desejar tudo de bom
Sempre ouvi falar dos matrimonios indianos como um ritual inusitado,onde o fato dos noivos se conhecerem so nas vesperas do enlace e tao curioso quanto a cerimonia em si.No meu dia a dia, trabalho frequentemente escrevendo sobre casamentos e o imenso universo ligado a este mercado,dos vestidos de noivas,dos trajes dos homens,da viagem de nupcias e dos preparativos meticulosamente calculados para o grande dia .Tanto bla,bla,bla pra durar uma so noite e rezando ao Senhor,muitos anos no porta retrato da sala e no album de fotografias dentro do armario.
De qualquer forma,desde que escrevo sobre casamentos,tenho curiosidade de saber como sao as cerimonias em varios lugares do mundo.Um matrimonio alla Indiana???Huuum...Missao cumprida!!!Aqui em McLeod Ganj,a terra do Dalai Lama,este periodo e muito propicio para os noivos,assim como no Brasil o eterno maio e o mais novo mes "queridinho dos noivos",setembro.
Estes dias,a calmaria da cidade onde monges passeiam ao lado das vacas,foi tomada por sons de trompetes e batuques durante o dia e ao anoitecer, pelo som de uma musica animada que tirou nosso sono por pelo menos uma noite. E que aqui,a festa de casamento dura cinco dias e haja folego e animo para acompanhar a celebracao.
Seguindo o som,conseguimos chegar a festa,onde mesmo sem ter sido convidados,fomos recebidos com muita simpatia.
Fui ao encontro da noiva,que tinha se retirado por um momento dentro da casa para poder descansar.Pudera,a coitadinha esta nessa maratona ja ha alguns dias e merece um pouco de repouso. Daqui pra frente,as responsabilidades de mulher e dona de casa vao comecar e e bom ela tomar um folego.Fui levada ate ela por um seu parente.Ela estava sentada num colchao e o resto da familia descansava nos outros comodos da casa.Enquanto isso, a festa rolava solta com um DJ e os homens(so os homens),dancando enlouquecidamente numa pista de danca como uma nossa discoteca normal.
Cumprimeitei a noiva e desejei boas coisas. Ela estava muito linda,com um vestido colorido,muitas joias e as maos tatuadas com henna. Amanha ela coloca um vestido novo.
Nao fui convidada para entrar na pista de danca,privilegio concedido ao Beto.Mulheres ficam de fora.Ok...Deu tempo de tirar algumas fotos enquanto eles dancavam animados ao som de Aquarela do Brasil versao mixada que o DJ colocou assim que soube que os mais novos convidados da festa eram brasileiros.Amanha tem mais.The show must go on!!
Foto by Isabela
O Beto foi convidado para a pista de danca,eu nao
Foto by Beto
Nada de penetras.Os curiosos ficam so olhando
Aproveitei o momento de descanso da noiva para me congratular e desejar tudo de bom
Sempre ouvi falar dos matrimonios indianos como um ritual inusitado,onde o fato dos noivos se conhecerem so nas vesperas do enlace e tao curioso quanto a cerimonia em si.No meu dia a dia, trabalho frequentemente escrevendo sobre casamentos e o imenso universo ligado a este mercado,dos vestidos de noivas,dos trajes dos homens,da viagem de nupcias e dos preparativos meticulosamente calculados para o grande dia .Tanto bla,bla,bla pra durar uma so noite e rezando ao Senhor,muitos anos no porta retrato da sala e no album de fotografias dentro do armario.
De qualquer forma,desde que escrevo sobre casamentos,tenho curiosidade de saber como sao as cerimonias em varios lugares do mundo.Um matrimonio alla Indiana???Huuum...Missao cumprida!!!Aqui em McLeod Ganj,a terra do Dalai Lama,este periodo e muito propicio para os noivos,assim como no Brasil o eterno maio e o mais novo mes "queridinho dos noivos",setembro.
Estes dias,a calmaria da cidade onde monges passeiam ao lado das vacas,foi tomada por sons de trompetes e batuques durante o dia e ao anoitecer, pelo som de uma musica animada que tirou nosso sono por pelo menos uma noite. E que aqui,a festa de casamento dura cinco dias e haja folego e animo para acompanhar a celebracao.
Seguindo o som,conseguimos chegar a festa,onde mesmo sem ter sido convidados,fomos recebidos com muita simpatia.
Fui ao encontro da noiva,que tinha se retirado por um momento dentro da casa para poder descansar.Pudera,a coitadinha esta nessa maratona ja ha alguns dias e merece um pouco de repouso. Daqui pra frente,as responsabilidades de mulher e dona de casa vao comecar e e bom ela tomar um folego.Fui levada ate ela por um seu parente.Ela estava sentada num colchao e o resto da familia descansava nos outros comodos da casa.Enquanto isso, a festa rolava solta com um DJ e os homens(so os homens),dancando enlouquecidamente numa pista de danca como uma nossa discoteca normal.
Cumprimeitei a noiva e desejei boas coisas. Ela estava muito linda,com um vestido colorido,muitas joias e as maos tatuadas com henna. Amanha ela coloca um vestido novo.
Nao fui convidada para entrar na pista de danca,privilegio concedido ao Beto.Mulheres ficam de fora.Ok...Deu tempo de tirar algumas fotos enquanto eles dancavam animados ao som de Aquarela do Brasil versao mixada que o DJ colocou assim que soube que os mais novos convidados da festa eram brasileiros.Amanha tem mais.The show must go on!!
Foto by Isabela
O Beto foi convidado para a pista de danca,eu nao
Foto by Beto
Nada de penetras.Os curiosos ficam so olhando
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Por um mundo melhor
Foto by Beto
Estar na terra do Dalai Lama e uma emocao indescritivel.Ontem e hoje estive no templo budista e sinceramente eu nao imaginava o quanto isso poderia mexer comigo. E muito sublime imaginar que todas as pessoas que estao aqui tem seu pensamento focado em uma coisa so: paz e felicidade. Quando todas as energias buscam um mesmo objetivo,parece que fica mais facil canalizar as nossa emocoes tambem.Deste lugar,visitantes,monges,pessoas como nos,fazem sua parte,desejanto fortemente que o mundo seja um lugar melhor.
Estar na terra do Dalai Lama e uma emocao indescritivel.Ontem e hoje estive no templo budista e sinceramente eu nao imaginava o quanto isso poderia mexer comigo. E muito sublime imaginar que todas as pessoas que estao aqui tem seu pensamento focado em uma coisa so: paz e felicidade. Quando todas as energias buscam um mesmo objetivo,parece que fica mais facil canalizar as nossa emocoes tambem.Deste lugar,visitantes,monges,pessoas como nos,fazem sua parte,desejanto fortemente que o mundo seja um lugar melhor.
domingo, 9 de novembro de 2008
Incredible India
Fotos by Beto
Foto com a familia indiana, em Delhi
Ja imaginava que nao seria tarefa facil contar a India em palavras.Um sentimento muito intenso,unico e reflexivo te revira do avesso a partir do momento em que a India comeca a entrar dentro de voce.As diferencas,as cores,as coisas belas e horriveis penetram fundo nos olhos e tocam como jamais eu poderia imaginar.Das ruas sujas, da gente deitada no chao em meio a uma miseria sufocante e ao cheiro fetido a um lugar onde sorrisos,afeto e curiosidade sao capazes de superar(ao menos para eles)tanta diferenca.Algo parecido com um lugar que a gente conhece muito,muito bem. Nosso motorista Sashi(se pronuncia Saci,como o Perere)nos levou para conhecer varios pontos turisticos de Delhi e esteve conosco durante todo o dia. Nada e tao caotico quanto o transito de Delhi com onibus locais caindo aos pedacos,sem porta da frente nem de tras,entupido de gente. Auto-riquixas coloridos,carros e mais carros numa sinfonia de buzinas enlouquecedora.Sabado parece mesmo dia de turismo ou de passeios familiares.Encontramos muita gente por onde passamos e tantos olhares na nossa direcao.A simpatia,a alegria e a afetuosidade dos indianos parece um conforto,uma mao que passam na sua cabeca e desvia um pouco da atencao da miseria,da sujeira e da degradacao humana.
Dificil descrever o sentimento que toma conta da gente quando uma familia inteira e muitas criancas correm do seu lado para perguntar seu nome, te tocar,apertar e beijar sua mao,pedir pra tirar uma foto pelo simples fato de te achar diferente.Em poucos momentos a atracao da cidade era a gente com nossa falta de jeito,nossa pele branca,nossas roupas estranhas e talvez meu cabelo loiro e meus oculos escuros.Uma senhora me entregou o bebe nas maos para tirar uma foto e tocou minha cabeca como se eu fosse uma especie de deusa.Logo,varios garotos deixaram a timidez de lado e pediram com muita educacao para tirar uma foto comigo e assim iam formando pequenas filas em grupos que queriam uma minha lembranca.Inacreditavel e inesquecivel.
Uma viagem de onibus longa,torturante e cheia de curvas e buzinas me trouxe ate Dharamsala, o Pequeno Tibet.E aqui estou,no meio de monges,montanhas e sentindo uma imensa felicidade.
Segurando o bebe
Me sentindo uma estrela de Bollywood
Com as monjas, em Dharamsala
Foto com a familia indiana, em Delhi
Ja imaginava que nao seria tarefa facil contar a India em palavras.Um sentimento muito intenso,unico e reflexivo te revira do avesso a partir do momento em que a India comeca a entrar dentro de voce.As diferencas,as cores,as coisas belas e horriveis penetram fundo nos olhos e tocam como jamais eu poderia imaginar.Das ruas sujas, da gente deitada no chao em meio a uma miseria sufocante e ao cheiro fetido a um lugar onde sorrisos,afeto e curiosidade sao capazes de superar(ao menos para eles)tanta diferenca.Algo parecido com um lugar que a gente conhece muito,muito bem. Nosso motorista Sashi(se pronuncia Saci,como o Perere)nos levou para conhecer varios pontos turisticos de Delhi e esteve conosco durante todo o dia. Nada e tao caotico quanto o transito de Delhi com onibus locais caindo aos pedacos,sem porta da frente nem de tras,entupido de gente. Auto-riquixas coloridos,carros e mais carros numa sinfonia de buzinas enlouquecedora.Sabado parece mesmo dia de turismo ou de passeios familiares.Encontramos muita gente por onde passamos e tantos olhares na nossa direcao.A simpatia,a alegria e a afetuosidade dos indianos parece um conforto,uma mao que passam na sua cabeca e desvia um pouco da atencao da miseria,da sujeira e da degradacao humana.
Dificil descrever o sentimento que toma conta da gente quando uma familia inteira e muitas criancas correm do seu lado para perguntar seu nome, te tocar,apertar e beijar sua mao,pedir pra tirar uma foto pelo simples fato de te achar diferente.Em poucos momentos a atracao da cidade era a gente com nossa falta de jeito,nossa pele branca,nossas roupas estranhas e talvez meu cabelo loiro e meus oculos escuros.Uma senhora me entregou o bebe nas maos para tirar uma foto e tocou minha cabeca como se eu fosse uma especie de deusa.Logo,varios garotos deixaram a timidez de lado e pediram com muita educacao para tirar uma foto comigo e assim iam formando pequenas filas em grupos que queriam uma minha lembranca.Inacreditavel e inesquecivel.
Uma viagem de onibus longa,torturante e cheia de curvas e buzinas me trouxe ate Dharamsala, o Pequeno Tibet.E aqui estou,no meio de monges,montanhas e sentindo uma imensa felicidade.
Segurando o bebe
Me sentindo uma estrela de Bollywood
Com as monjas, em Dharamsala
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Bem vindos a India
Foto by Google(ainda nao deu tempo da gente fazer)
Welcome to India.Foram as primeiras palavras que escutei do colega ao lado quando aterrisamos hoje pela manha em Nova Delhi.A primeira imagem da India foi de um monte de gente uma em cima da outra,do lado de fora do aeroporto,esperando as pessoas,procurando um taxi,espremidos contra uma grade.O olhar expressivo de uma menina indiana,com os olhos pintados de preto e o corpo coberto com uma manta rosa e as maos agarradas na grade foi realmente o melhor "bem vindo" que eu podia receber.Do resto,muita buzina,milhares de pessoas de um lado pro outro,calor em pleno inverno e um ceu coberto de tanta poluicao.Esta e a India que eu vi.O resto tentarei contar pouco a pouco,se as palavras forem capazes de expressar o que e este pais.
Welcome to India.Foram as primeiras palavras que escutei do colega ao lado quando aterrisamos hoje pela manha em Nova Delhi.A primeira imagem da India foi de um monte de gente uma em cima da outra,do lado de fora do aeroporto,esperando as pessoas,procurando um taxi,espremidos contra uma grade.O olhar expressivo de uma menina indiana,com os olhos pintados de preto e o corpo coberto com uma manta rosa e as maos agarradas na grade foi realmente o melhor "bem vindo" que eu podia receber.Do resto,muita buzina,milhares de pessoas de um lado pro outro,calor em pleno inverno e um ceu coberto de tanta poluicao.Esta e a India que eu vi.O resto tentarei contar pouco a pouco,se as palavras forem capazes de expressar o que e este pais.
Na terra de Don Matteo
Foto by Beto
Percorrendo os caminhos de Don Matteo
A Umbria e um sonho.Uma das regioes mais lindas da Italia com suas cidadezinhas medievais que da estrada a gente ve incrustadas nas montanhas.O cinza amarelado,amarronzado das construcoes em pedras antigas se junta ao verde das oliveiras e transforma a Umbria num lugar muito especial.Desta vez, a meta era conhecer Gubbio.Quando vim morar na a Italia,em 2004,adorava acompanhar um seriado de televisao que se chamava Don Matteo.Eu nem imaginava que Terence Hill era italiano.Quando eu era crianca,me divertia vendo a dupla que fazia com Bud Spencer(tambem italiano)no domingo,na televisao.Pois em Don Matteo,Terence Hill continua com o mesmo charme,apesar de bem envelhecido.Os anos passaram tambem pra ele e na serie da Rai,o loiro de olhos azuis continua aprontando,mas desta vez com batina de padre e uma bicicleta,percorrendo as ruas de Gubbio,atras dos bandidos que a policia italiana nao da conta de prender.Delicioso!Pois as cenas do seriado que mostravam essa cidadezinha linda me encantaram de tal forma que prometi que um dia teria de visitar Gubbio.E foi desta vez.As lentes da Rai nao mentiram,mas esconderam tantas outras belezas do lugar.Tudo ao vivo e a cores e muito melhor.Don Matteo esta de ferias e as pessoas sentem falta de Terence Hill(que adotou tres meninos carentes de um instituto da cidade)e de todos os atores e equipe da TV,que revolucionaram a pequena cidadezinha.A senhora da lojinha de souvenir me disse que ele e uma pessoa extraordinaria e que em Gubbio deixou saudades...Lindo,lindo o passeio por Gubbio.So faltou mesmo encontrar o Terence Hill.
Foto by Google
Terence Hill como Don Matteo
Percorrendo os caminhos de Don Matteo
A Umbria e um sonho.Uma das regioes mais lindas da Italia com suas cidadezinhas medievais que da estrada a gente ve incrustadas nas montanhas.O cinza amarelado,amarronzado das construcoes em pedras antigas se junta ao verde das oliveiras e transforma a Umbria num lugar muito especial.Desta vez, a meta era conhecer Gubbio.Quando vim morar na a Italia,em 2004,adorava acompanhar um seriado de televisao que se chamava Don Matteo.Eu nem imaginava que Terence Hill era italiano.Quando eu era crianca,me divertia vendo a dupla que fazia com Bud Spencer(tambem italiano)no domingo,na televisao.Pois em Don Matteo,Terence Hill continua com o mesmo charme,apesar de bem envelhecido.Os anos passaram tambem pra ele e na serie da Rai,o loiro de olhos azuis continua aprontando,mas desta vez com batina de padre e uma bicicleta,percorrendo as ruas de Gubbio,atras dos bandidos que a policia italiana nao da conta de prender.Delicioso!Pois as cenas do seriado que mostravam essa cidadezinha linda me encantaram de tal forma que prometi que um dia teria de visitar Gubbio.E foi desta vez.As lentes da Rai nao mentiram,mas esconderam tantas outras belezas do lugar.Tudo ao vivo e a cores e muito melhor.Don Matteo esta de ferias e as pessoas sentem falta de Terence Hill(que adotou tres meninos carentes de um instituto da cidade)e de todos os atores e equipe da TV,que revolucionaram a pequena cidadezinha.A senhora da lojinha de souvenir me disse que ele e uma pessoa extraordinaria e que em Gubbio deixou saudades...Lindo,lindo o passeio por Gubbio.So faltou mesmo encontrar o Terence Hill.
Foto by Google
Terence Hill como Don Matteo
Ciao,Italia
Contando um segredo
Foto by Beto
Eu e minha bike, em Lucca
Todo mundo tem um segredo.O meu era na verdade um medo.Quando supera-se,porém,o medo que vira segredo já não é mais segredo.E para os amigos a gente pode contar.Não foi por falta de prática ou pela ausência de alguém que me segurasse firme na infância.O fato está que eu sempre tive um grande medo de andar de bicicleta.Compartilhava do meu mesmo mal minha melhor amiga,que preferiu casar-se a comprar uma bicicleta.Era realmente desconcertante e constrangedor recusar convites de amigos,investidas de garotos interessantes para evitar de passar essa grande vergonha.Aqui na Itália,a bici é um dos mais populares meios de transporte e,mesmo assim,nos anos em que vivi aqui,jamais arrisquei subir em duas rodas.Pra mim foi sempre um medo que um dia superaria,mas quanto mais tempo eu adiava este dia,melhor era.Ou não.Estive esses dias em Lucca,uma das mais lindas cidades da Toscana,cercada por uma grande muralha,o cenário perfeito que me metia inveja pela gente feliz e livre que pedalava no meio de todo aquele verde.O desafio estava lançado.Era o momento e a oportunidade de superar o medo que me prendia e me colocava muito longe do prazer que eu tanto queria sentir.De um lado o medo,do outro um lugar especial,a paisagem,as folhas no chão,o vento na cara e o prazer de libertar-se.Fiquei com a segunda opção,aluguei uma bici pequenina com a cestinha na frente e ainda temerosa subi em cima e comecei a pedalar meio sem jeito.Logo estava dando a volta na muralha,no lugar onde por várias vezes timidamente admirava as meninas com os cabelos ao vento,escondendo de todos o meu grande segredo.
Eu e minha bike, em Lucca
Todo mundo tem um segredo.O meu era na verdade um medo.Quando supera-se,porém,o medo que vira segredo já não é mais segredo.E para os amigos a gente pode contar.Não foi por falta de prática ou pela ausência de alguém que me segurasse firme na infância.O fato está que eu sempre tive um grande medo de andar de bicicleta.Compartilhava do meu mesmo mal minha melhor amiga,que preferiu casar-se a comprar uma bicicleta.Era realmente desconcertante e constrangedor recusar convites de amigos,investidas de garotos interessantes para evitar de passar essa grande vergonha.Aqui na Itália,a bici é um dos mais populares meios de transporte e,mesmo assim,nos anos em que vivi aqui,jamais arrisquei subir em duas rodas.Pra mim foi sempre um medo que um dia superaria,mas quanto mais tempo eu adiava este dia,melhor era.Ou não.Estive esses dias em Lucca,uma das mais lindas cidades da Toscana,cercada por uma grande muralha,o cenário perfeito que me metia inveja pela gente feliz e livre que pedalava no meio de todo aquele verde.O desafio estava lançado.Era o momento e a oportunidade de superar o medo que me prendia e me colocava muito longe do prazer que eu tanto queria sentir.De um lado o medo,do outro um lugar especial,a paisagem,as folhas no chão,o vento na cara e o prazer de libertar-se.Fiquei com a segunda opção,aluguei uma bici pequenina com a cestinha na frente e ainda temerosa subi em cima e comecei a pedalar meio sem jeito.Logo estava dando a volta na muralha,no lugar onde por várias vezes timidamente admirava as meninas com os cabelos ao vento,escondendo de todos o meu grande segredo.
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