Foto by Isabela
Na minha mesa encontrei um calendário aberto no mês de outubro de 2008. Lembrei que estive fora durante todo este tempo quando olhei a minha cama e achei que ela era pequena demais. Analisei cada dia do calendário procurando reviver algum momento especial do que foram estes últimos três meses. A cor da colcha, um vermelho vivo,me lembrou as bandeiras de orações dos Himalaias que o vento leva pelo mundo inteiro,na esperança de alcançar os corações abatidos. Por alguns momentos revivi a sensação do peito cheio de ar,do ar cheio de boas intenções que aos poucos eu soltava,junto com a paz daquele momento. Como as bandeiras,eu queria que a mesma sensação ultrapassasse a montanha e chegasse também pertinho de quem eu amo. Imaginei que as pessoas então sentiriam um ventinho,como nos filmes e desenho animado, e como num passe de mágica se encheriam de paz. Na mão de quem estivesse pra bater, apareceria uma flor,como o coelho que sai da cartola do mágico. Da boca prestes a gritar,sopraria um perfume fresco de hortelã. Do braço daquele que estivesse pra dar a ordem,cresceria um arbusto com flores,onde os passarinhos poderiam cantar. E desse canto surgiria uma música universal capaz de chegar até mesmo ao ouvido do surdo,do doente,do inconsciente. E assim,calendário nenhum no mundo teria tanta importância,nem a data da partida,nem aquela de chegada.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
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4 comentários:
FABULOSO O TEXTO ! FABULOSO
Amore,
acho que foi por causa desse seu sopro que nao consegui me concentrar no curso, nem parar de pensar em voce!
Bjus
Que lindo texto Isa, me tocou muito .beijim
Caramba, que profundo!!!
Vou pensar melhor sobre calendário e, consequentemente, em meus dias.
Prestar mais atenção nos momentos e vivê-los melhor.
Parabéns!!!!!
Bju grande,
Gedeon
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