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Hoje me lembrei do velho jogo de malas que ficava na porta de cima do armário. Eram 4 e nós sempre fomos 4. Toda vez que íamos viajar, meus pais tiravam as malas marrons lá do alto e ia saindo uma de dentro da outra, para mim, parecia mágica. Naquela época, eu não tinha autonomia para arrumar minhas próprias coisas, mas fazia questão de colocar alguma boneca deitada em um bolsinho sanfonado de tecido de forro vermelho que tinha dentro da mala. Ali era a caminha dela e ela também ia viajar comigo.
Eu passava o ano inteiro esperando o momento de desempoeirar o jogo de malas e colocá-lo em cima da cama pra sair um pouco o cheiro de guardado. Quando a gente voltava de viagem e ia desfazer a mala, eu sempre escondia alguma coisa lá dentro pra encontrar só no proximo ano, por puro prazer.
Os anos passaram e as minhas coisas já não cabiam mais na malinha pequena. As bolsas de mão e as malas de rodinha pouco a pouco tomaram conta das nossas viagens e o jogo de malas ficou pra sempre esquecido no fundo da porta de cima do armário.
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3 comentários:
Oi Isabela! Ótimo ter conhecido seu blog. Que textos gostosos de serem lidos.
E, viajando, vem a saudade de amigos queridos de Barbacena, como o "seu" e "meu" mestre Geraldo Fonseca.
Pai coruja que indica com satisfação o excelente trabalho da filha. Vocês estão de parabéns.
A vida é uma viagem ininterrupta. Bom mesmo é quando encontramos um porto seguro....
Bem vindo Beto !
Esse teu texto me levou a um lugar longe... Bjus e boa semana.
http://so-pensando.blogspot.com
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